Eu nunca entendi porque aquelas pessoas se acorrentavam a arvores ou saiam correndo na rua para chamar a atenção das autoridades sobre a conservação do planeta. Aquilo funcionava? Pagar mico em rede nacional vale a pena?
Foi quando começei a pesquisar sobre marketing de guerrilha que eu fui entender o porque disso tudo.

Marketing de Guerrilha consiste em “utiliza-se de maneiras não convencionais para executar atividades de marketing gastando o mínimo de dinheiro”, por isso esse tipo de marketing é “utilizado por empresas menores com o objetivo de combater grandes concorrentes ou simplesmente sobreviverem”.
Entendeu?... Não?... Deixa eu explicar melhor...
Quem é publicitário e trabalha com atendimento já deve ter visto um daqueles clientes que você olha e vê potencial. A empresa dele não é uma grande multinacional, mas se ele for esperto pode virar uma. (se ela te procurou é porque é esperto sim!)
Pois bem, esse cliente geralmente não tem muita verba para publicidade. O que ele tem mal da para pagar os honorários de quem trabalha na sua agência. Imagina então se ele pode pagar pela Mídia, que geralmente é caríssima! Nem pensar!
Puts, o que fazer nessa hora? Dispensar o cara? Nunca!
Se a empresa é inovadora (daquelas que aparecem no programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios) e tem um produto que tem chances de crescer muito no mercado, o seu trabalho é fazer com que ela tenha "notoriedade perante o consumidor", pra então empresa se desenvolver e se tornar uma grande multinacional.
Mas como fazer isso?
O primeiro passo é ir à biblioteca e ler o livro Guerrilla Marketing escrito por Jay Conrad Levinson. Nesse livro escrito em 1982 (eu nem tinha nascido!) o companheiro Jay nos mostra que soluções criativas substituem “rios de dinheiro”. Cativar o consumidor tem mais efeito do que aparecer no intervalo do Jornal Nacional. Por isso devemos ir exatamente onde as pessoas estão, no trânsito, nos prédios e na suas casas.
Mas como? Distribuindo panfletos? Dando brindes? Mandando mala direta?
NÃO e NÃO!
De acordo com o companheiro Jay, essas abordagens não dão mais certo! As pessoas estão cada mais indiferentes com as panfletagens! Ele diz no seu livro que o consumidor exige algo novo e que chame sua atenção, porque ele já viu de tudo! (se em 1982 as pessoas já pensavam assim, imagina hoje então!)

Por isso o bom Guerrilheiro tem que achar uma forma barata e prática de fazer com que o consumidor venha ate o produto. E para isso vale de tudo, contratar dançarinos, pintar o centro da cidade de rosa, por ursos polares pedindo esmola nas ruas, sair correndo pelado gritando... O céu é o limite, dês de que a solução seja barata e tenha a ver com a marca!
O próprio Jay Conrad Levinson afirma que o importante é: Atingir o maior número de pessoas possível, chamando atenção para a marca, sem gastar muito.
Vale lembrar que as ações têm que ser muito bem planejadas e bem pertinentes ao tema. Só assim o consumidor vai comentar com parentes, amigos e colegas sobre o produto. Criando assim o Buzz sobre a marca, o que é essencial para o Marketing de Guerrilha! Sem ele nada da certo!
Mas o Buzz e o meu próximo assunto...
(Originalmente publicado no insitemoc)
David Panda